La Fontaine
La Fontaine
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Jean de La Fontaine (Château-Thierry, 8 de julho de 1621 — Paris, 13 de abril de 1695) foi um poeta e fabulista francês.
Jean de La Fontaine era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena cidade de Chateau-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.
Por desejo do pai, casou-se em 1647 com Marie Héricart, na época com apenas 14 anos. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.
Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo de seu pai como inspetor de águas, mas alguns anos depois colocou-se a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas.
Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.
Dedicou-se ao resgate de antigas historietas moralistas, guardadas pela memória popular: as Fábulas. Ele procurou fontes documentais da Antiguidade: Grécia (Fábulas de Esopo) e Roma (Fábulas de Fedro); parábolas bíblicas, coletâneas orientais e narrativas medievais ou renascentistas. Durante 25 anos, trabalhou na busca e no cotejo desses textos antigos e reelaborou em versos, dando-lhes a forma literária definitiva - Fábulas de La Fontaine - que, há séculos, vêm servindo de fonte para adaptações que se espalham pelo mundo todo.
Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís XIV. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.
Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.
Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada 1693.
Referência: Coelho, Nelly Novaes. O conto de fadas: símbolos, mitos, arquétipos. São Paulo: DCL, 2003.
As fábulas mais famosas:
A cigarra e a formiga
O lobo e o cordeiro
O leão e o rato
A raposa e as uvas
A leiteira e o pote de leite
"Todas elas alimentadas de uma sabedoria prática que não envelheceu, pois se fundamenta na natureza humana e esta, como sabemos, continua a mesma, através dos milênios." Nelly Novaes Coelho
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